GESTÃO DE DADOS

O QUE SÃO DADOS DE PESQUISA?

De acordo com o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) publicado em 2007, podemos compreender dados de pesquisa como registros factuais usados como fonte primária para a pesquisa científica e que são comumente aceitos pelos pesquisadores como necessários para validar os resultados do trabalho científico. Como exemplo de dados de pesquisa podemos citar: números, imagens, textos, vídeos, áudio, software, algoritmos, equações, animações, modelos, simulações e tudo o que foi gerado no decorrer de uma pesquisa.

Fonte: STRASSER, Carly et al. Primer on Data Management: What you always wanted to know. California: CDL, 2012. Disponível em: Acesso em: 09 mai. 2018

 

Um Plano de Gestão de Dados vem se tornando componente obrigatório na fase de submissão de um projeto e é exigido pela maioria das agências de fomento públicas e privadas da América do Norte, Austrália e de alguns países europeus (Grã-Bretanha, Holanda, Alemanha, países escandinavos). No Brasil, a FAPESP já passou a exigir um Plano de Gestão de Dados para solicitações de financiamento de projetos de pesquisa na modalidade Projeto Temático. A obrigatoriedade do plano deve se estender gradativamente para outras modalidades de apoio, como as propostas de Auxílio à Pesquisa – Regular, Jovem Pesquisador, bolsas de Doutorado e de Pós-doutorado, a partir de 2018.

 

QUAL A IMPORTÂNCIA EM ADOTAR UM PLANO DE GESTÃO DE DADOS PARA SUA PESQUISA?

 

Créditos: Sistema de Bibliotecas da Unicamp

 

⇒ Conteúdo do Plano de Gestão de Dados FAPESP – orientações:

Um Plano de Gestão de Dados deve responder a duas perguntas básicas:

1. Quais dados serão gerados pelo projeto

2. Como serão preservados e disponibilizados, considerando questões éticas, legais, de confidencialidade e outras

O texto de um Plano varia conforme a disciplina, os tipos de dados considerados e como os responsáveis pelo projeto pretendem disponibilizá-los. Algumas chamadas FAPESP poderão especificar o formato desejado do Plano. Para todos os demais casos, o Plano submetido como anexo de uma proposta à FAPESP deve seguir as seguintes diretivas:

Texto de até duas páginas, contendo as seguintes informações;

a) Descrição dos dados e metadados produzidos pelo projeto – por exemplo, amostras, registros de coleta, formulários, mo delos, resultados experimentais, software, gráficos, mapas, vídeos, planilhas, gravações de áudio, bancos de dados, material didático e outros;

b) Quando aplicável, restrições legais ou éticas para compartilhamento de tais dados, políticas para garantir a privacidade, confidencialidade, segurança, propriedade intelectual e outros;

c) Política de preservação e compartilhamento (por exemplo, compartilhamento imediato ou apenas após a aceitação da publicação associada). Período de carência (antes do compartilhamento) e período durante o qual os dados serão preservados e disponibilizados;

d) Descrição de mecanismos, formatos e padrões para armazenar tais itens de forma a torná-los acessíveis por terceiros. Esta descrição pode incluir o uso de repositórios e serviços de outras instituições.

Saiba mais em Plano de Gestão de Dados – FAPESP

Fonte: FAPESP. http://www.fapesp.br/gestaodedados/#gestao

 

 

Algumas ferramentas online de acesso livre podem ser utilizadas para a elaboração de um planos de gestão de dados. Conheça algumas:

DMPonline

DMPTool

Horizon 2020

 

 

MICHENER, William K. Ten simple rules for creating a good data management plan. PLoS computational biology, v. 11, n. 10, p. e1004525, 2015.

SAYÃO, Luis Fernando. SALES, Luana Farias. Guia de Gestão de Dados de Pesquisa para Bibliotecários e Pesquisadores.  Rio de Janeiro : CNEN/IEN, 2015

SAYÃO, Luis Fernando; SALES, Luana Farias. Curadoria digital: um novo patamar para preservação de dados digitais de pesquisaInformação & Sociedade, v. 22, n. 3, 2012.